O fisioterapeuta do TRT-15 e diretor do Sindiquinze, Fauzi El Kadri Filho, e o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Sérgio Roberto de Lucca, são os autores do artigo intitulado “Trajetória do teletrabalho em um tribunal do trabalho brasileiro durante a pandemia de COVID-19: um estudo longitudinal das condições de trabalho e de saúde de acordo com a modalidade de trabalho”. O artigo foi publicado nesta semana pelo Jornal de Medicina Ocupacional e Ambiental (Journal of Occupational and Environmental Medicine), uma publicação do Colégio Americano de Saúde Ocupacional e Ambiental que está entre as mais importantes do mundo na área.
Este artigo, que integra a tese de doutorado defendida por Fauzi em 2023, compõe uma série de publicações em revistas nacionais e internacionais em conjunto com pesquisadoras e pesquisadores das Faculdades de Enfermagem e de Ciências Médicas da Unicamp. A publicação atual apresenta dados obtidos entre os anos de 2021 e 2022 com a participação de 659 servidores, que responderam questionários reconhecidos internacionalmente para avaliação de aspectos ergonômicos, dos fatores psicossociais do trabalho e da prevalência de problemas osteomusculares e de transtornos mentais comuns entre os participantes.
Os resultados apresentam a trajetória dos servidores de acordo com a modalidade de trabalho antes e durante a pandemia de COVID-19 e apontam a ampla preferência dos participantes pelo teletrabalho, mesmo diante da possibilidade de retorno trabalho presencial. Diferentemente do que foi observado em outros estudos nacionais e internacionais, os servidores que já estavam em teletrabalho anteriormente à pandemia apresentaram melhores condições de trabalho e de saúde com relação àqueles em trabalho presencial. Fauzi destaca que “as condições ergonômicas do posto de trabalho melhoraram no grupo que retornou ao trabalho presencial em 2022, mas não foram superiores àquelas dos servidores que permaneceram em teletrabalho”. Entre os dois períodos do estudo, a redução da intensidade de queixas osteomusculares foi maior entre os servidores que permaneceram em teletrabalho com relação aos que retornaram com maior frequência ao trabalho presencial e não houve diferença quanto à prevalência de transtornos mentais comuns.
Atualmente, além da avaliação médica presencial, os servidores em teletrabalho no TRT-15 passam também por uma avaliação telepresencial anual junto à Área de Fisioterapia. “O que pudemos constatar após quase dois anos de conversa com os servidores em teletrabalho e observando seus locais de trabalho em casa é uma confirmação dos resultados da pesquisa, com uma elevada satisfação com esta modalidade de trabalho e reduzido volume de queixas osteomusculares”, finaliza o diretor do sindicato.
Vale ressaltar que o Sindiquinze defende a ampliação do percentual de servidores em teletrabalho e, no início deste mês de agosto, ingressou com intervenção no processo CNJ nº 0003779-50.2024.2.00.0000, que trata da revisão das normas, especificamente sobre a última alteração da Resolução CNJ 219/2024, para excluir assistentes e assessores de magistrados do limite de 30% do quadro permanente. Relembre
O artigo completo do diretor do Sindiquinze e o professor da Unicamp pode ser acessado AQUI.
Por Caroline P. Colombo com informações do diretor Fauzi El Kadri Filho
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