O Sindiquinze, representado pelas diretoras Maria Martha de Lima dos Santos e Liliam Maria de Camargo, esteve, no último sábado (09) e domingo (10), no Encontro Nacional de Mulheres do Poder Judiciário e MPU.
Realizado pela Fenajufe, o evento ocorreu em formato híbrido e reuniu representantes dos sindicatos de base da Federação para um debate de atuação das mulheres no Judiciário e MPU.
O primeiro dia de encontro contou com painéis sobre a elaboração da análise de conjuntura a partir da realidade concreta e a importância da formação política entre as mulheres. A convidada Zilmar Alverita da Silva fez uma reflexão sobre a ausência feminina em mesas de conjuntura.
Além disso, no período da tarde, as participantes acompanharam relatos da atuação feminina na Fenajufe, protagonizado pelas ex-coordenadoras Mara Weber, Lúcia Bernardes e Elcimara Souza que comungaram com a importância e a necessidade das mulheres na consolidação da conquista de espaços femininos.
As dirigentes relataram situações de machismo e assédio que vivenciaram ou presenciaram nas organizações, locais de trabalho e /ou no dia a dia de uma sociedade machista como a nossa. Por isso reverenciam o trabalho da Federação no enfrentamento à todas as formas de opressão que afetam, principalmente as mulheres.
Juntas, reafirmaram a importância da Fenajufe, como entidade de classe para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres e livre de assédio, machismo, racismo, homotransfobia e qualquer outra forma de preconceito e discriminações.
O domingo, último dia do Encontro Nacional de Mulheres, discutiu e apresentou ações de boas práticas realizadas ou que podem ser construídas pelos sindicatos de base para promoção do bem-estar não apenas das servidoras, mas para a sociedade como um todo e a implementação de paridade no corpo diretivo da Federação.
Os debates sobre os dois pontos foram feitos em grupos previamente divididos. Sobre as boas práticas, as participantes relataram inúmeras dificuldades que vivenciam cotidianamente como servidoras, mulheres e mães sindicalistas e pontuaram a necessidade de atuação dos sindicatos para as questões.
Em rápida participação no Encontro, a deputada federal Erika Kokay (PT/DF) foi bastante aplaudida quando reafirmou a luta contra todas as violências que sofrem as mulheres. A parlamentar destacou que as mulheres sofrem violências que não conseguem dimensionar e que existe uma culpabilização social que pune a mulher por isso.
Uma carta com o mote “Mudar a vida das mulheres para mudar o mundo; mudar o mundo para mudar a vida das mulheres” foi construída pelas participantes contra todas as formas de violência. O documento destaca as agressões virtuais que tem se proliferado absurdamente como ferramenta de ataques machistas e misóginos.
Em um trecho da carta, as assinantes registram que “No espaço sindical, o machismo se reproduz como em todo grupo social e se intensifica pela disputa por espaço político, manifestada em micro violências cotidianas que tentam deslegitimar a ocupação dos espaços de decisão e poder por mulheres em nossa categoria, em especial nas redes sociais”.
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da Carta
Segundo a diretora Martha, o encontro foi muito produtivo e estimulou as participantes ao uso do microfone, “pois, toda mulher tem argumentos, capacidade e conhecimento para debater qualquer matéria. Saímos do Encontro da Fenajufe com a finalidade de formar um Núcleo Coletivo de Mulheres do Sindiquinze porque juntas conseguiremos conquistar nossos direitos e nosso lugar”.
A representante do Sindiquinze ainda destaca a ausência de mulheres mais jovens no debate. “Mas, com a criação desse Coletivo, tenho certeza que teremos mais mulheres e jovens conosco. Mulheres, juntas somos mais fortes”, enfatiza.
Liliam Camargo ressalta a atuação do sindicato na representatividade de todas as servidoras do TRT-15 e agradece a oportunidade do debate de temas tão importantes para as mulheres, “em especial os relacionados à violência de gênero, violência doméstica, assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Temas esses que afligem todas as mulheres, inclusive as servidoras da Justiça do Trabalho, onde, em tese, não deveria haver violência, considerando que a JT é quem julga a violência laboral”. Para a diretora, é importante expor, discutir e lutar por Justiça e por ambientes de trabalho saudáveis. “Mudar as mulheres para mudar o mundo e mudar o mundo para mudar as mulheres”, finaliza.
Por Caroline P. Colombo com informações da Fenajufe
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