Sindiquinze participa do 2º Encontro Nacional LGBT+ realizado pela Fenajufe no Rio de Janeiro

O Sindiquinze participou, no último sábado (23) e domingo (24), do 2º Encontro LGBT+ realizado pela Fenajufe na cidade do Rio de Janeiro.

Os diretores do sindicato Joaquim Castrillon e Liliam de Camargo, acompanhados do associado Airton Carvalho Reis Júnior, estiveram na capital carioca para a integração nos debates.

No sábado, os representantes dos sindicatos de base da Federação se reuniram na sede do Sisejufe/RJ, onde acompanharam a exibição do filme documentário “Quando Ousamos Existir”, de Cláudio Nascimento e Márcio Caetano, que conta a luta de pessoas do segmento pela sobrevivência nos anos da Ditadura no Brasil.

A Fita revela situações de muito preconceito, discriminações e violência. O enfrentamento à todas essas opressões deram início ao movimento LGBT+ nos anos de chumbo e cresce a cada ano, no entanto, a luta para existir é constante.

A trajetória do segmento LGBTQIA+ repleta de violência surpreendeu por resistir à todas as atrocidades impostas pela sociedade, que a todo custo, buscou inviabilizar a população, que enfrentou e optou por mostrar a face e dizer, sim à existência.

O período da manhã contou, ainda, com a presença do diretor do Grupo Arco-íris, Júlio Moreira. O grupo é organizador da 2ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro. O militante falou da importância de o Judiciário estar inserido na luta por respeito e igualdade da população LGBT+.

Em seguida houve debate e manifestações referentes ao documentário exibido. As falas ressaltaram a força e resistência daquelas e aqueles que vivenciaram período historicamente repressor e que encontraram nas violências e estigmas da sociedade, a munição para lutar por respeito, por se fazerem enxergar como pessoas que são e por direitos.

Os participantes (as) relataram a dificuldade de viabilizar um encontro como o da Federação para debater as questões LGBTs e reforçaram que os sindicatos devem fomentar ações e discussões temáticas e reconhecem que encontram resistência na categoria para promoção do debate.

À tarde, foi debatido o tema “Avanços e desafios na luta LGBTI+ das servidoras e servidores do PJU e MPU”. Além disso, foi aprovada a criação do Coletivo Nacional LGBT+ da Fenajufe.

Outros itens aprovados no 2º Encontro foram:

1. Que a FENAJUFE siga realizando encontros anuais LGBTQIAPN+ estimulando a consciência política dessa população para a importância de atuarem e se engajarem, ao menos, na categoria e espaços sindicais;
2. Que faça o enfrentamento aos “pacotes antipovo” (arcabouço fiscal, cortes orçamentários), e à reforma administrativa, compreendendo que os setores mais oprimidos (LGBTQIAPN+, mulheres, negras e negros e PCDs e todos os demais) são os que mais sofrem com o resultado desses cortes e reformas que só fortalecem a extrema direita;
3. ⁠Que oriente os sindicatos a criarem setores de base (coletivos, núcleos etc.) que estudem esse tema, compartilhe esses conteúdos, e que realizem atividades em conjunto com os demais núcleos que debatam temas relativos a Opressões (mulheres, negros e negras, PCDs e demais).
4. Que ajude, inclusive financeiramente, aos movimentos na sociedade referentes a essa pauta e oriente os sindicatos a fazê-lo;
5. Que promova ou colabore para maior visibilidade de lideranças LGBTQIAPN+, e oriente os sindicatos a fazerem o mesmo preferencialmente via seus coletivos temáticos onde houver;
6. ⁠Que o Coletivo LGBTQIAPN+ da Fenajufe oriente os sindicatos a realizarem pesquisa para levantamento de dados sobre identidade de gênero e orientação sexual.

O domingo, último dia de Encontro, foi marcado com a participação de todos os presentes na 29ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro. Na oportunidade, o diretor do Sindiquinze Joaquim Castrillon falou no carro de som sobre a importância da inclusão de ações que envolvam os servidores LGBT+ de todo o Judiciário.

“Encontros como o realizado pela Fenajufe fazem com que nós sejamos vistos e ouvidos em nossas questões LGBT+”, completa Castrillon. Confira a fala completa do dirigente do Sindiquinze durante a Parada LGBT:

Por Caroline P. Colombo com a Fenajufe

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