Desafios para um Sindiquinze adulto

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Hoje fazemos 32 anos… Podemos traçar um paralelo entre o desenvolvimento de um ser humano e de nossa entidade sindical. Após entrar na casa do trinta, uma pessoa atinge o auge de sua proficiência, libertando-se dos últimos vestígios da imaturidade típica da juventude. Não é uma regra, sabemos, mesmo porque alguns realizam esse feito muito antes, outros se perdem no caminho até descobrirem que o tempo passou e perdeu-se o bonde da história.

O Sindiquinze, felizmente, vem cumprindo a sua trajetória com sucesso, alcançando sua maturidade plena aos 32 anos de idade e se destacando como referência no mundo sindical tanto no âmbito do judiciário federal como nas frentes de defesa do serviço público e da classe trabalhadora brasileira. Aos poucos, nosso sindicato saiu da condição de uma provinciana entidade associativa para ocupar um espaço político muito mais condizente com a dimensão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, um dos maiores do País. E tal feito foi fruto de muito trabalho das direções anteriores à esta, a qual eu tenho a honra de presidir.

Ao longo destas gestões, bandeiras históricas foram consolidadas na política de nossa entidade, como a abolição do imposto sindical e a filiação à FENAJUFE, onde ocupamos um lugar de destaque na direção desde o nosso ingresso. A eficiente administração dos recursos vem proporcionando inúmeros benefícios aos associados, entre eles o Plano de Saúde e odontológico, a nova Sede Estadual e as excelentes instalações de nossa Sede de Praia e, com todos os percalços ocasionados pela pandemia, a nova Sede de Barra Bonita, na qual estamos trabalhando incessantemente para inaugurar ainda esse ano.

Entretanto, não podemos deixar de destacar aqui o maior avanço do Sindiquinze ao longo do tempo…a conquista de uma maturidade política necessária à idealização dos objetivos de uma verdadeira entidade classista. Nesses tempos em que a atividade política foi deliberadamente demonizada, é importante frisarmos que um sindicato é uma entidade eminentemente política e, ao contrário do que muitos imaginam, tal definição não se confunde com partidarismo. A política diz respeito à projetos (fins) que podem ou não ser encampados por determinados partidos (meios). Nesse sentido, o sindicato é uma instância de natureza política, porém, suprapartidária.

É através da política que buscamos concretizar os nossos anseios enquanto cidadãos, servidores públicos e trabalhadores. Em 2015, lideramos a maior greve da história da nossa categoria pela aprovação do PLC 28 e a consequente derrubada do veto da então Presidente Dilma Rousseff. Hoje, estamos resistindo com todas as nossas forças aos ataques intermitentes do governo Bolsonaro contra as instituições públicas e seus servidores.

O que difere ambas as situações é que antes lutávamos para ampliar nossos direitos; hoje, a batalha é travada para que não se perca o que foi conquistado através de muita luta. De fato, não é exagero afirmar que nunca estivemos diante de ameaças tão concretas às estruturas e servidores públicos, a ponto de sermos acusados publicamente pelo atual Ministro da Economia de sermos “parasitas” que vivem às custas do erário público!

Nesse sentido, a maturidade alcançada pelo Sindiquinze veio na hora mais necessária de nossa história; naquele momento em que estamos atravessando uma tormenta de proporções assustadoras, mas que não irá impedir a nossa entidade de desempenhar o papel que lhe foi reservado pela história: a de defesa intransigente dos interesses dos servidores e servidoras da Justiça do Trabalho, de todo o Serviço Público e da classe trabalhadora; bem como o apoio incondicional à manutenção do Estado Democrático de Direito.

PARABÉNS AO SINDIQUINZE!

Ivan Bagini
Presidente

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