Com ‘toma-lá-dá-cá’ de R$ 5,6 bilhões, Governo quer aprovar a “Reforma” da Previdência hoje na Câmara

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Na tentativa de aprovar hoje, dia 10 de julho, em primeira votação a “Reforma” da Previdência na Câmara dos Deputados, o Governo Bolsonaro aprovou várias medidas para agradar a bancada ruralista e impulsionou o envio de recursos às bases eleitorais dos deputados. Até o momento, já foram liberados quase R$ 3,6 bilhões em emendas a parlamentares, mas a promessa do governo é de que esse número chegue a R$ 5,6 bilhões. Mesmo assim, os partidos aumentaram as exigências e o famoso ‘toma-lá-da-cá’ é que está atrasando o início da votação em plenário. São cerca de R$ 40 milhões em emendas para convencer cada deputado.

Para ser mais claro, Bolsonaro, Paulo Guedes e Onix Lorenzonni, com a intermediação do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) compram votos literalmente em público. Só na segunda-feira, dia 8, em duas edições extraordinárias do Diário Oficial da União (DOU) já haviam sido liberados R$ 1,13 bilhão em 37 portarias, todas para a área de Saúde. Ou seja, os deputados não estão votando para reformar a Previdência Social, mas simplesmente recebendo dinheiro público de emendas para aplicar em suas bases eleitorais.

Enquanto o Governo Bolsonaro e deputados fazem negociatas contra os trabalhadores e servidores públicos, em esforço concentrado em Brasília, dirigentes sindicais do PJU e MPU, barrar as armações do Planalto. O Presidente do Sindiquinze e Coordenador-Geral da Fenajufe, Zé Aristéia, coordenadores da Federação e dirigentes de sindicatos da base, estão desde semana passada pressionando deputados contra a reforma.

O Sindiquinze é frontalmente contrário a essa “reforma”, que vai aumentar a desigualdade social num País já tão desigual, uma vez que 83% da economia prevista de R$ 990 bilhões em 10 anos sairá dos trabalhadores da iniciativa privada, em que a média de aposentadoria é de menos de R$ 2 mil, e também do bolso dos servidores públicos, que vão ter que trabalhar mais e terão aumento da alíquota previdenciária, enquanto militares, por exemplo, ficaram de fora da “reforma” e terão plano de carreira com aumento de salário.

Diante da compra de votos a céu aberto e do cenário favorável para a aprovação do texto, os dirigentes estão mobilizados para tentar diminuir os grandes danos causados, buscando apoio para uma regra de transição mais justa para os servidores públicos que estão prestes a se aposentar.

É o momento de resistir. Da mesma maneira que a “reforma” trabalhista não gerou empregos e que a EC 95/2017 não trouxe nenhum crescimento econômico, essa “reforma” da Previdência não vai resolver o problema fiscal do Brasil.

Junte-se a luta contra a PEC 6/2019 usando a #reformadaprevidenciaNAO em suas redes sociais!!!

Acompanhe ao vivo AQUI a votação da PEC 6/2019 na Câmara.

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