O Sindiquinze novamente vem a público repudiar com veemência mais um ataque do ministro da Economia, Paulo Guedes, que pediu hoje de manhã que os funcionários públicos “colaborem com o Brasil” e fiquem um tempo sem pedir aumento. “Precisamos que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo empregos. Eles vão colaborar, vão ficar sem pedir aumento por um tempo”, disse o ministro.
É o mesmo ministro que comparou os servidores a parasitas e quer a destruição total do Estado enquanto afaga o mercado financeiro com uma série de benesses. É o ministro que teve que liberar a contragosto bilhões de reais para combater a pandemia do coronavírus. Vejam que foi preciso uma das maiores tragédias sanitárias de escala mundial dos últimos tempos para ele fazer exatamente o oposto do que prega: investir no setor público.
Guedes é desonesto e cínico quando diz sobre “geladeira cheia” dos servidores. Com os ataques dos últimos anos promovidos pelo Governo Temer e aprofundados pelo (des)Governo Bolsonaro, nunca antes tantos direitos foram retirados, seja com a ‘reforma’ trabalhista, EC 95 (teto de gastos) ou pela ‘Reforma’ da Previdência, que a médio e longo prazo significam o empobrecimento da classe trabalhadora, seja do setor público ou do privado.
Guedes parece ter se rendido ao estilo dos principais nomes do Governo Bolsonaro: falar asneiras quase que diariamente. Nos causa espanto que ainda existam entre os servidores públicos apoiadores do atual governo.
O ministro ainda faz chantagem usando o cargo que ocupa. Ao afirmar, também hoje, que vai enviar ainda esta semana um “importante programa” ao Congresso para descentralizar recursos em meio à pandemia, o ministro prometeu ampliar o socorro financeiro aos Estados e municípios para R$ 127,3 bilhões, desde que coloquem na proposta a suspensão de qualquer aumento de salários para o funcionalismo.
O Sindiquinze está, juntamente com a Fenajufe, frontalmente contra essa proposta, que ataca o serviço público e os servidores.
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