A diretoria do Sindiquinze realizou, na tarde de ontem, dia 22 de julho, a segunda reunião regional virtual com os associados da 15ª Região, lotados no Vale do Paraíba. Entre as questões discutidas está a diminuição de metas de produtividade durante a pandemia e a total impossibilidade de um retorno ao trabalho presencial com a atual situação.
O Presidente do Sindiquinze, Ivan Bagini, iniciou o encontro com informes sobre o Grupo de Trabalho do TRT-15 que trata do retorno ao trabalho presencial e deixou claro que não há nenhuma previsão para isso, uma vez que não depende da Administração, mas sim da evolução da pandemia em todo o Estado de São Paulo. “Estamos envidando esforços para que o retorno não aconteça antes de setembro, uma vez que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) deu autonomia aos tribunais para decidirem sobre o retorno em suas áreas de atuação. Em setembro é quando está previsto o retorno das aulas presenciais nas escolas. Além disso, os estudos do GT estão levando em conta situações peculiares de cada região, de cada cidade, em qual faixa da quarentena está. No momento, estão trabalhando na aquisição de EPIs (máscaras, álcool em gel, vidros, termômetros, discutindo quem vai medir a temperatura. A impressão que ficou na reunião que participamos é que o retorno não vai acontecer tão cedo”, afirmou Ivan.
A questão mais colocada em pauta por associados que participaram da reunião virtual foi sobre a cobrança das metas de produtividade na 15ª Região, que vem limitando horários de envio de recursos para o segundo grau, por exemplo, o que levou gestores a se dizerem preocupados com a saúde emocional dos colegas neste período tão difícil. “Tivemos que nos adaptar ao trabalho remoto, tendo que cuidar de criança, limpar a casa, cozinhar, e a administração continua mandando metas como se na vara estivéssemos. O GT que elabora o plano de retomada precisa colocar a revisão das metas em discussão. O juiz da vara em que trabalho é do grupo de risco, assim como a secretária de audiência e o oficial de justiça da nossa unidade são. Como pensar em uma volta e como manter e até aumentar a carga de trabalho em uma situação dessas?”, indagou um dos participantes.
Outro servidor afirmou que tem a percepção de que a Corregedoria do TRT-15 talvez não esteja tão sensibilizada com relação às metas. “Estamos trabalhando muito mais que 7 horas por dia em casa. Precisa ser uma sintonia melhor com relação a isso, porque o melhor material que o TRT-15 tem é seu quadro de servidores e magistrados, este é o maior ativo do Tribunal, não sua estrutura, seus prédios, sistemas e equipamentos. Estamos em uma crise sanitária e precisa haver sensibilidade”, observou.
Sobre isso, Ivan disse que acredita no bom senso da administração e que vai levar os questionamentos dos associados em uma próxima reunião do GT. “O Sindiquinze concorda com os pedidos e receios dos associados. Temos na 15ª Região cerca de 500 cargos vagos sem previsão de serem ocupados, ou seja, em uma situação normal já seria inadmissível cobrança de metas de produtividade. Durante a pandemia houve mais um revés, que foi o congelamento de salário até dezembro de 2021”, afirmou o Presidente do Sindiquinze.
O Assessor Parlamentar Alexandre Marques lembrou também que o Governo Bolsonaro acabou com a possibilidade de um PCS parcelado, além de qualquer reajuste no vale alimentação, auxílio-creche e quaisquer benefícios. Um alento, segundo ele, seria a aprovação do PL 1328/20, que suspende os empréstimos consignados por 120 dias e foi aprovado no Senado, mas que está parado na Câmara, porque não há acordo com a base bolsonarista e partidos como o NOVO e PSDB para votação.
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