Sindiquinze participa de debate sobre evolução no trabalho, meio ambiente e sofrimento mental realizado pelo Subcomitê de Combate ao Assédio do TRT-15

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O presidente do Sindiquinze, Zé Aristéia, integrou, na última terça-feira (24), uma das mesas do Seminário “Evolução no trabalho, do Meio Ambiente e o Sofrimento mental”, promovido pela Escola Judicial e pelo Subcomitê de Combate ao Assédio do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O evento aconteceu em formato híbrido, realizado no auditório 1 da Escola Judicial e com transmissão ao vivo pelo canal da EJud-15 no YouTube, e reuniu magistrados, servidores, advogados e convidados.

O seminário fez parte de um programa da Escola para a reflexão sobre a campanha Setembro Amarelo, mês de conscientização da importância da prevenção ao combate do suicídio. Na abertura do evento, o vice-presidente da Ejud, desembargador Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo destacou a relevância do tema e afirmou que o sofrimento mental é uma situação provocada pelas estruturas sociais e econômicas vigentes. “Precisamos discutir e conhecer melhor essas questões para que o mundo não seja só um local adequado para vivermos como também um local agradável de se viver.”

A desembargadora integrante do Subcomitê de Combate ao Assédio, Eleonora Bordini Coca iniciou a fala com dados significativos da Organização Panamericana de Saúde e da Organização Mundial de Saúde, as quais constataram que a depressão é a maior causa de incapacidade no mundo, e o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina. “Fatores biológicos, psicológicos e sociais influenciam em episódios depressivos e sabemos que o trabalho como fator social pode ser importante na preservação como na deterioração da saúde mental das pessoas.” A magistrada citou uma frase da pintora mexicana Frida Kahlo, que retratou o sofrimento por meio da arte, “emparedar o próprio sofrimento é arriscar a ser devorado por dentro”. Para ela, o evento trará conhecimento, estratégias e boas práticas que são adotadas por empresas e sindicatos “para que possamos libertar e não emparedar o sofrimento”.

Em seguida, a juíza Camila Scarabelli explicou a atuação do Subcomitê de Combate ao Assédio dentro do TRT-15 destacando duas frentes de trabalho, por meio de campanhas e de pesquisas para levantamento de dados e conscientização. “Estamos numa fase que precisamos mudar a forma de pensar e de agir nas falas e gestos” com o intuito de ampliar a proteção de todos os trabalhadores contra atos de assédio, preconceito, discriminações e exclusão. Dois canais de denúncia ao Subcomitê de Assédio do TRT-15 foram disponibilizados pela magistrada, por e-mail (subcomiteassedio@trt15.jus.br) que será direcionado à coordenação e aos membros integrantes, incluindo o Sindiquinze, ou pelo formulário de denúncias que vai diretamente para a coordenação com exclusividade (através do link). “As denúncias são mantidas em sigilo e o fato é tratado com grande cautela”, finalizou Camila.

Por fim, o professor da Unicamp, José Darin Krein, abordou o tema “Evolução do Trabalho no Brasil e o Meio Ambiente de Trabalho”. Para ele, os anos 80 é um marco de um processo de inflexão da história econômica, social e política “por suas imensas contradições, mas que também marcam e caracterizam o que nós temos de trabalho nos dias atuais”. Krein articulou sua exposição relacionando a evolução do trabalho com o aumento do sofrimento, do assédio e da depressão.  Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), “atualmente a principal doença do labor são as doenças psíquicas e está vinculado aos sofrimentos causados em função do trabalho”.

O presidente do Sindiquinze foi um dos coordenadores da mesa. Importante ressaltar que o sindicato compõe o subcomitê de Combate ao Assédio do TRT-15 e atua diretamente contra qualquer tipo de violência no âmbito da 15ª Região.

Vale lembrar, ainda, que o Sindiquinze também possui um canal direto para denúncias de qualquer tipo de assédio, discriminação ou violência no local de trabalho, através do e-mail  assedio@sindiquinze.org.br. A denúncia é sigilosa e será recebida pela presidência do sindicato para as providências necessárias.

Por Caroline P. Colombo com informações do TRT-15
Fotos: Paulo Arantes – TRT-15

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