Nova paralisação nesta segunda-feira reafirma mobilização dos servidores do TRT-15 contra redução do custeio da saúde

Assembleia do Sindiquinze aprovou greve de um dia em 11 de março.

Esta segunda-feira (17) foi marcada com nova Assembleia e paralisação dos servidores do TRT da 15ª Região contra a redução do custeio da saúde anunciado pelo Ato nº 18/25 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Além das(os) mais de 300 servidoras(es) vindos das caravanas que compareceram na frente da sede do Tribunal em Campinas, muitos colegas atenderam ao chamado do sindicato e cruzaram os braços em seus locais de trabalho.

Durante a AGE, o presidente Zé Aristéia esclareceu os presentes sobre a reunião ocorrida com a Administração do TRT-15 na última semana, quando a Desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann reforçou que a determinação referente ao custeio da saúde veio por meio de Ato do CSJT, “de cima para baixo, em observância a todos os tribunais do país”.

Zé Aristéia falou sobre a preocupação manifestada pela presidente do TRT e o reconhecimento da desigualdade das demandas entre servidores e magistrados. Confira AQUI a matéria sobre a reunião

Outro ponto de explicação foi a realização da reunião do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), nesta terça (18) e quarta-feira (19), quando o tema será tratado conjuntamente, inclusive com um ofício encaminhado pelos Diretores Gerais sobre a diferenciação de medidas entre magistratura e servidores. “Essa manifestação dos DGs deverá ser objeto de discussão no Coleprecor”, ressaltou.

O presidente do Sindiquinze ainda enfatizou que a palavra de ordem encampada pelo sindicato é a manutenção do custeio da saúde nos moldes aplicados atualmente na 15ª Região. “Nesta semana nós estaremos em Brasília e tentaremos audiência com o ministro presidente do CSJT, onde levaremos a movimentação da 15ª Região pela preservação do custeio”.

Nas manifestações ao microfone, os diretores do sindicato Maria Martha de Lima dos Santos e Marcelo Amorim de Menezes destacaram os prejuízos trazidos aos servidores com a redução do auxílio-saúde e demonstraram indignação no tratamento diferenciado existente entre juízes e servidores.

O diretor Joaquim Castrillon chamou a atenção para a importância de todos os servidores da 15ª Região se manterem mobilizados em uma grande mobilização contra o Ato nº 18 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Também em defesa da saúde, a coordenadora do Sintrajud, Camila Oliveira Gradin, denominou como “imoral” a disparidade contida na determinação do CSJT em relação à saúde. “O orçamento precisa ser dividido com o servidor, pois, sem ele não há justiça”, frisou.

Nas deliberações, os participantes da Assembleia desta segunda-feira aprovaram, por unanimidade, a pauta de reivindicações apresentada à Administração do TRT-15 e os próximos passos em relação à atuação junto ao Tribunal da 15ª Região e ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho pela saúde dos servidores.

Em relação à greve, foi aprovado que o Sindiquinze chamará nova Assembleia com paralisação para o dia 11 de março, quando a categoria terá a definição sobre a determinação da redução do custeio da saúde e os encaminhamentos do trabalho promovido em Brasília.

Recepção ao presidente do STF

Além da Assembleia Geral, os servidores estiveram, na manhã desta segunda-feira, na frente do Tribunal em Campinas para um café da manhã com bandeiraço. Promovido pelo Sindiquinze, o objetivo foi reunir a categoria para recepcionar o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso que, pela primeira vez, esteve na sede do TRT-15 para a condecoração do Grande Colar da Ordem do Mérito Judiciário da Justiça do Trabalho da 15ª Região.

Em uma mobilização pacífica, os presentes reivindicaram custeio da saúde isonômico, NS para os Técnicos, orçamento para todos, auxílio-alimentação valorizado e PCS Já!

Na avaliação do presidente Zé Aristéia, mais uma vez, a 15ª Região mostrou o protagonismo na luta em favor dos servidores da Justiça do Trabalho e, nesta segunda-feira, “conseguimos dar o nosso recado ao ministro Barroso de que a categoria merece atenção e respeito, com tratamento isonômico entre servidores e magistrados”, finaliza.

Por Caroline P. Colombo

808total visits,7visits today