A Campanha “Não leve na brincadeira”, idealizada pelo TRT-15, será nacionalizada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O lançamento ocorreu na última terça-feira, dia 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A produção das peças publicitárias não trouxe ônus financeiro para a Justiça do Trabalho.
A iniciativa coincide com os objetivos gerais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. Entre eles, está o de consolidar e ampliar o vínculo institucional da Justiça do Trabalho com a erradicação do trabalho exercido por crianças e adolescentes.
Para o presidente do TST e do CSJT, ministro Brito Pereira, conscientizar a sociedade sobre os males do trabalho infantil ajuda a romper um ciclo de pobreza. “A campanha é importante porque cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalham irregularmente. A maior parte abandona os estudos e não consegue garantir um futuro melhor”, assinalou o ministro.
A ministra Kátia Arruda, coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, acredita que o tema deve ser continuamente debatido. “Ainda há muitos mitos em torno do trabalho infantil. Muitas pessoas acreditam que o trabalho infantil faz bem e se esquecem dos riscos a que as crianças e adolescentes são expostos nessas condições”, enfatiza a ministra.
Sobre a Campanha
A campanha institucional foi uma doação da Audi Comunicação com o apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Entre as peças, estão banners, cartazes, faixas, jornal, outdoors, revistas, spots e dois vídeos, um com 30 segundos e outro com 15 segundos de duração.
Em 2017, a iniciativa foi disseminada na região de Presidente Prudente (SP). Este ano, será divulgada em todo o País. Em âmbito local, a campanha recebeu diversos prêmios, como o primeiro lugar no festival de publicidade Festgraf, na categoria Ação de Cidadania.
De acordo com o publicitário Raul Audi Júnior, diretor da agência, o material gráfico e audiovisual criado para a campanha não se utilizou de atores mirins. “Seria natural buscar a imagem da criança, mas resolvemos manter o objetivo da campanha, usando marmitas coloridas e relógios de ponto lúdicos para lembrar o universo infantil”, observou.
Trabalho Infantil no Brasil
No Brasil, cerca de 2,6 milhões de crianças entre cinco e 17 anos se encontram em situação de trabalho irregular, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estudo da Fundação Abrinq, de 2017, indicou aumento de 8,5 mil crianças de 5 a 9 anos submetidas ao trabalho precoce.
Com informações do CSJT
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