Por 379 votos favoráveis e 131 contrários, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno de votação, a PEC 6/2019 (“Reforma” da Previdência). Usando em larga escala o tradicional ‘toma-lá-da-cá’ da velha política, o Governo Bolsonaro descarregou cerca de R$ 40 milhões em emendas para convencer cada deputado e incluiu desonerações de R$ 83 bilhões em 10 anos para o agronegócio exportador. Para garantir a aprovação foram liberados R$ 3,6 bilhões com a promessa do governo de liberar mais R$ 2 bilhões. Exatamente às 20h10, o Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou a aprovação da matéria após um longo discurso. O quórum foi de 510 deputados. Assim que foi aprovado o texto-base da PEC, começaram a ser analisados e votados os destaques.
O Presidente do Sindiquinze e Coordenador-Geral da Fenajufe, Zé Aristéia, coordenadores da Federação e dirigentes dos sindicatos da base, acompanharam a votação no Congresso. Os dirigentes estavam desde a semana passada pressionando deputados contra a reforma.
A luta não acabou
A “reforma” será submetida a uma segunda votação na Câmara. Depois, serão mais dois turnos de votação no Senado. O Sindiquinze, ao lado da Fenajufe, é frontalmente contrário a essa “reforma”, que vai aumentar a desigualdade social num País já tão desigual, uma vez que 83% da economia prevista de R$ 990 bilhões em 10 anos sairá dos trabalhadores da iniciativa privada, em que a média de aposentadoria é de menos de R$ 2 mil, e também do bolso dos servidores públicos, que vão ter que trabalhar mais e terão aumento da alíquota previdenciária, enquanto militares, por exemplo, ficaram de fora da “reforma” e terão plano de carreira com aumento de salário.
É o momento de resistir. Da mesma maneira que a “reforma” trabalhista não gerou empregos e que a EC 95/2017 não trouxe nenhum crescimento econômico, essa “reforma” da Previdência não vai resolver o problema fiscal do Brasil.
Continue na luta contra a PEC 6/2019 usando a #reformadaprevidenciaNAO em suas redes sociais!!!
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