Sindiquinze manifesta irrestrito apoio à greve dos petroleiros

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O Sindiquinze vem a público prestar seu irrestrito apoio e sua solidariedade à greve nacional dos petroleiros. O movimento teve início no dia 1º de fevereiro e já conta com adesão de 13 estados e mais de 100 unidades operacionais do Sistema Petrobras.

Os trabalhadores e as trabalhadoras deflagraram greve pela defesa de seus empregos e direitos, diante de um governo entreguista e ultraliberal que promove o completo desmonte da estatal. Também é pauta do movimento grevista a defesa da soberania nacional que tem sido gradualmente atacada pela política de privatizações defendida pelo ministro da economia, Paulo Guedes.

O recente fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) causou a demissão de 1 mil trabalhadores e trabalhadoras sem nenhum direito ou remanejamento interno. A direção da Petrobras descumpriu a cláusula 26 do Acordo Coletivo de Trabalho que determina que qualquer demissão em massa deve ser previamente tratada com os sindicatos e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A política de desmonte promovida pela diretoria da estatal prejudica não só os trabalhadores e as trabalhadoras da empresa, mas também toda a população que sofre com os preços abusivos do gás de cozinha, combustíveis e outros derivados de petróleo.

Nesse momento, é crucial exaltar a capacidade de mobilização da categoria que não compactua com a destruição da empresa e resiste unida. Esse é o caminho que deve nortear todos os brasileiros e as brasileiras como forma de enfrentamento aos retrocessos que estão por vir.

Defender a Petrobras, maior empresa pública do país, apoiar seus trabalhadores e, consequentemente, proteger a soberania nacional é uma luta de todos, por isso o Sindiquinze defende o movimento de maneira irrestrita

Ministro do TST impõe multa absurda

A FUP e seus sindicatos ingressaram com recurso junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), solicitando que o ministro Ives Gandra reconsidere as decisões tomadas em dois despachos monocráticos favoráveis à gestão da Petrobrás. Se o pedido não for atendido pelo ministro, o recurso deve ser submetido à análise da Seção Especializada em Dissídio Coletivo do TST (SDC).

Apesar de reconhecer a legalidade da greve, o ministro estabeleceu condições bastante severas para a manutenção do movimento. Ele determinou que 90% dos efetivos operacionais sejam mantidos durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 500 mil para a FUP e os sindicatos do Norte Fluminense, Bahia e Espírito Santo e de R$ 250 mil para os demais sindicatos, que podem chegar a R$ 4,5 milhões por dia.

Mesmo considerando desproporcionais os critérios impostos pelo ministro Ives Gandra, a FUP e seus sindicatos estão cumprindo a liminar. A direção da Petrobrás, por sua vez, continua negando informações sobre efetivos e impedindo o acesso dos trabalhadores às unidades.

Em vez de negociar com a FUP, a gestão da empresa anunciou contratações temporárias, medida que coloca em risco os trabalhadores e as próprias unidades, cuja operação exige profissionais extremamente qualificados e treinados.

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