O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), afirmou a aliados que priorizará nas próximas semanas a discussão em torno dos precatórios e dos combustíveis e que a Reforma Administrativa ficará para, pelo menos, depois da semana do feriado de 12 de outubro.
Segundo informações do jornal Valor Econômico, há grande resistência entre os parlamentares a votar o texto. O entendimento entre os líderes é de que a aprovação é muito difícil por causa das resistências ao tema e, principalmente, da proximidade das eleições, que ocorrerão em um ano.
A mobilização dos servidores federais, estaduais e municipais e pouco apoio do governo Bolsonaro, que tem se dedicado mais a outros assuntos, também é determinante para esse adiamento anunciado por Lira.
Além disso, há dúvidas sobre se o Senado teria empenho em fazer andar a proposta. Governistas lembram que apenas 27 dos 81 senadores terão que renovar os mandatos em 2022, o que diminuiria a influência das eleições, mas os contrários citam que há outros senadores interessados na disputa ao governo e que a Casa já tem sido resistentes a muitos dos projetos do Executivo.
O Sindiquinze segue integrado à mobilização contra a aprovação da PEC 32 e acompanha o andamento da matéria na Câmara. Nas últimas duas semanas, o sindicato esteve em Brasília para uma atuação direta junto aos parlamentares. “Conclamamos toda a categoria a se unir para que juntos consigamos barrar essa Reforma que retira direitos e acaba com o serviço público”, finaliza o presidente Ivan Bagini.
Por Caroline P. Colombo com o jornal Valor Econômico
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