Nas visitas que fizemos ao acampamento Marielle Vive, em Valinhos-SP, a frase mais dita foi: “se todos viessem conhecer este trabalho, não haveria tanto preconceito ou animosidade contra as pessoas do MST”.
O lugar tem muitas “faltas”, faltam asfalto, água, energia, recursos de maneira geral. Mas essas faltas, velhas conhecidas dos acampados, são compensadas por organização, espírito coletivo, solidariedade, esperança em um futuro melhor, coragem de tomar as rédeas de seu próprio destino. O acampamento é dividido em setores, quadras, cada qual com sua representação, e todos os moradores dessas quadras se revezam nas diversas atividades conduzidas pelo grupo: cozinha, saúde, almoxarifado, educação, esporte, cultura, infraestrutura e produção. Aí já se percebe a diferença entre o acampamento Marielle e qualquer outro lugar: é uma vivência democrática na qual cada pessoa, por mais despossuída que seja (muitos até já viveram em situação de rua), tem uma função, um papel, na construção de um futuro coletivo.
Ali percebemos como nossa ajuda era importante e como era possível a transformação de pessoas vulneráveis em agentes do próprio destino e de um mundo melhor para todos nós.
Sim, melhor para todos. Porque os assentamentos do MST produzem boa parte dos alimentos que chegam à nossa mesa e há décadas utilizam práticas para a preservação do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores e dos consumidores. Os assentamentos empregam cinco vezes mais do que o agronegócio; e o modelo de agroflorestamento “planta água”, ou seja, substitui terrenos esgotados e empobrecidos por ecossistemas capazes de reter água no solo. Em pleno aquecimento global, isso significa muito. Quem não acredita, basta ver as fotos do terreno ocupado pelo acampamento marielle, no início da ocupação e três anos depois: em pouquíssimo tempo (e sem fornecimento de água!) o local se tornou mais verde.
O terreno ocupado estava improdutivo, sem qualquer tipo de atividade, há mais de vinte anos, apenas aguardando o momento em que a especulação imobiliária tornaria mais vantajosa a criação de mais um condomínio na cidade de Valinhos (que já tem uma infinidade deles, alguns do mesmo proprietário da fazenda ocupada). Com a ocupação Marielle Vive, aproximadamente 500 famílias lutam para buscar neste mesmo terreno o seu sustento, plantando alimentos sem agrotóxicos, que irão empregar pessoas e abastecer a região. Que tipo de futuro queremos para nossas cidades? Mais um empreendimento imobiliário ou uma comunidade agroecológica que irá emancipar famílias trabalhadoras?
O acampamento Marielle tem muitos trabalhadores assalariados que, apesar de trabalharem de sol a sol, não conseguem condições mínimas de moradia e sustento e buscam, agora, retornar ao campo para alcançarem uma vida digna para suas famílias. A liberdade da terra, deste pequeno pedaço de terra, tem a capacidade de emancipar trabalhadores que estavam vivendo condições miseráveis nas cidades e, além disso, garantir a nossa segurança alimentar e a recuperação do meio ambiente. É por isso que se diz que a liberdade da terra é assunto de todos (e isso nos inclui).
Núcleo de Solidariedade do Sindiquinze
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MARIA APARECIDA MARTINS CARLETTO
Viva o Acampamento Marielle Vive!👏👏🌻
Parabéns ao Sindiquinze pelo apoio!👏👏
Gisele Maria Souza e Silva
Aprendi muitas coisas aqui moro em Valinhos a 17 anos meu filho veio pra essa cidade com 8meses de vida a minha menina e Valinhense nasceu aqui e o marielle e muito especial Mst a luta e pra vencerrrr
Diógenes Braga
Sempre que posso colaboro em mutirões ou eventos No MarielleVive. Parabéns pela matéria sindiquinze!!!
Um deles virou documentário
Potência de Humanidades. Tá no portal sementeira.org
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Iolanda Toshie Ide
Que o acampamento Marielle vive seja respeitado. Que assentem as famílias, o mais rápido possível
Urge uma Reforma Agrária Popular!
julimara Rodrigues
Sou moradora a 2 anos amo ❤ esse lar essa paz e silêncio do campo e uma alívio no dia a dia..ter sua terra pra Plantar e um sonho de toda família 👪 aqui
CARLOS ROSA
Parabéns pelo trabalho estamos juntos por pais melhor
Célia Maria Leite Costa
Gosto muitíssimo do MST porque e um movimento até lur.prja liberdade e dignidade da população do campo,promove uma agricultura saudável e valoriza a educação nos acampamentos. Não conheço o acampamento Marielle mas já fui duas vezes no de campos de Goitacases i
Aurea Maria Martins Frysman
Super apoio o Acampamento Marielle Vive! Por melhores condições de vida e moradia. Por um Brasil com mais justiça social, mais fraternidade e menos desigualdades.
Aurea Maria Martins Frysman
Agradecemos ao Sindiquinze pela iniciativa.