JPNews: Coordenador da Fenajufe defende reposição salarial e esclarece confusão da mídia sobre ‘penduricalhos’

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O coordenador da Fenajufe, Thiago Duarte, foi entrevistado semana passada pela TV Jovem Pan News e falou sobre a reunião com a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo a recomposição remuneratória de perdas inflacionárias acumuladas para os servidores públicos. Ele aproveitou as perguntas dos comentaristas para esclarecer a confusão que a mídia em geral faz sobre “penduricalhos” e recebimentos acima do teto, que no Judiciário são restritos a magistrados, procuradores e membros da cúpula do poder.

Thiago iniciou a entrevista afirmando que o pleito dos servidores do PJU e MPU não se trata de aumento real dos salários, mas de reposição inflacionária acumulada desde janeiro de 2019, quando foi paga a última parcela do PCS de 2016. O dirigente afirmou que, com a alteração da EC 95 (teto de gastos), há espaço no Orçamento do Judiciário de mais de R$ 2 bilhões. “Não há possibilidade de desistência da pauta da recomposição salarial, por causa da diminuição do poder de compra dos servidores públicos. Até no Orçamento secreto existe espaço”, explicou ele.

O comentarista José Maria Trindade afirmou a Thiago que “não é exatamente o momento, durante a pandemia, onde todos perderam rendimento e o servidor público não passou por isso” e que há “incompatibilidade de recursos com a realidade”. O coordenador da Fenajufe respondeu que os problemas econômicos são fruto de uma política equivocada e os servidores do Judiciário, em sua maioria, recebem salários pequenos e a luta é para que não haja redução salarial de fato. “Esperamos uma abertura de diálogo por parte do Governo, para sentar na mesa e achar uma solução. Não é aumento real é uma recomposição salarial”, disse ele.

Fazendo uma defesa meio envergonhada do governo, o comentarista Rodrigo Constantino disse que a inflação é um fenômeno mundial. Sem saber de fato sobre o assunto, Constantino afirmou que “o Poder Judiciário é o que, na média, tem mais servidores ganhando acima do teto, fora os penduricalhos (férias prolongadas, vale terno, vale moradia)”. De forma educada, Thiago explicou. “De fato há uma confusão por parte da mídia e também por parte da população entre o que é o Judiciário, o que são os trabalhadores do Judiciário, os operários, e uma parte do Judiciário que de fato recebe acima do teto. Entendemos este sentimento, mas 60% da nossa força de trabalho é de nível médio, temos o pessoal de nível superior, os Oficiais, a Polícia Judicial, isso nas Justiças Eleitoral, do Trabalho, Federal e Militar. Acham que todo mundo tem auxílio paletó, mas esta não é a realidade de mais de 100 mil trabalhadores do Judiciário Federal, por isso, entendemos que é muito justo termos reposição salarial”, esclareceu o dirigente, lembrando também que o serviço público não tem data-base, diferentemente dos trabalhadores da iniciativa privada.

Confira abaixo o vídeo da entrevista:

Por Antonio Pecht Jr. 

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